portal-arede-Universitarios-desenvolvem-ferramenta-para-divulgar-indices-de-partos-naturais-e-cesareasCom três filhos e três cesáreas, Josianne Coutinho hoje se pergunta se as intervenções cirúrgicas foram realmente necessárias ou se seus filhos poderiam ter nascido de parto normal. Ela, assim como inúmeras outras mães, durante a gravidez, se questiona qual é o melhor método e se sua decisão será respeitada durante o parto.

Ao acessar o portal Nascer Bem, desenvolvido por alunos do curso de Jornalismo da Universidade Positivo, Josianne descobriu que seu médico tem um índice de 100% de cesáreas realizadas e, mesmo ela, que apresentava as contrações e dilatação adequadas para um parto normal, teve que esperar a chagada do profissional para dar a luz.

O caso de Josianne não é isolado e foi uma das motivações dos idealizadores do projeto Nascer Bem, desenvolvido durante o Hackathon Open Data, uma maratona de trabalho que reuniu alunos, jornalistas e voluntários. O portal apresenta as taxas de parto normal e cesáreas realizados em Curitiba (PR). Os dados de 600 médicos de todos os planos de saúde e Sistema Único de Saúde (SUS) foram coletados durante seis meses pelos alunos para dar origem ao banco de dados de apoio a futuras mães.

De acordo com Rosiane Correia de Freitas, professora de Jornalismo, coordenadora do projeto, este é apenas o começo. “Já complementamos com a publicação dos dados do SUS de todo o Paraná. O site é uma pequena parte do que fizemos. Nos próximos dias vamos publicar mais coisas, pois a equipe está empolgada e disposta a ir atrás de mais informações”, explica ela.

O objetivo do projeto, além de mostrar diferentes formas de fazer jornalismo aos alunos participantes, segundo Rosiane, é trazer transparência para a relação entre médicos e pacientes e mostrar que os jornalistas têm um papel social importante no que diz respeito ao direito de informação do cidadão. “Com colaboração é possível chegar a resultados que antes pareciam inalcançáveis. Esse projeto pode servir de exemplo para outras cidades e levar transparência para centenas de mães de todo o país”, analisa a professora. (Assessoria de imprensa)