A TRI ainda permanece desconhecida pelo público diretamente afetado pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – candidatos, professores e gestores de escolas públicas e privadas. Para explicar como essa teoria é usada e como pode contribuir para melhorar o ensino no país, a Geekie, startup que desenvolve tecnologia para a educação, preparou o e-book gratuito “Uma História da TRI: Entenda a Régua do Enem”, que contou com a contribuição dos maiores especialistas no assunto no Brasil.
Com o e-book, o leitor vai entender todo o minucioso roteiro de preparação das provas do Enem, da elaboração das questões e da triagem pedagógica à atribuição das notas. Esse roteiro é necessário porque no Enem, ao contrário do que acontece nos vestibulares tradicionais, as questões não são tratadas da mesma forma. São posicionadas em uma régua que vai de zero a mil pontos, de acordo com características como grau de dificuldade, poder de discriminar alunos que dominam o conteúdo dos que não dominam e possibilidade de acerto ao acaso. Para entender essas características e posicioná-las na régua, todas as questões são submetidas a grupos selecionados de alunos em pré-testes, alguns deles realizados anos antes da prova oficial.
O uso da régua permite que o Enem seja comparável de ano para ano, fornecendo um diagnóstico preciso da qualidade do ensino médio. Graças à TRI, desde 2009 autoridades da educação, diretores de escola e professores têm à sua disposição um roteiro detalhado do que o estudante brasileiro sabe e, até mais importante que isso, do que nossos alunos não sabem. Esse roteiro é capaz de orientar ações pedagógicas destinadas a atacar as maiores deficiências em cada área de conhecimento, uma possibilidade de uso dos dados do Enem que muitos gestores e professores ainda desconhecem.
Um possível ponto de partida para aproximar a escola do universo da TRI são avaliações como as da plataforma on-line da Geekie, que reproduzem o grau de dificuldade da prova oficial. Além da avaliação em si, a plataforma gera planos de estudo orientados pela inteligência artificial desenvolvida pela Geekie, que direcionam a navegação do aluno pelo acervo de mais de 600 videoaulas da startup.
“A TRI colocou o Enem em um patamar superior de qualidade e consistência. O exame se transformou no grande farol do ensino médio e a comunidade da educação só tem a ganhar entendendo como ele é montado e o que ele busca medir”, diz o sócio-fundador da Geekie Claudio Sassaki. “O e-book é a contribuição da Geekie para esse processo.”
Um processo, aliás, que não se esgota no formato atual do Enem. Também é a TRI que vai dar as diretrizes para o Enem do futuro, quando a prova será digital – inovação que o Ministério da Educação pretende testar ainda este ano.