A CAMPANHA Internet na Escola foi lançada em outubro de 2015, em uma inciativa da Fundação Lemann, do Instituto Inspirare e da organização Nossas Cidades, com apoio do Instituto de Tecnologia & Sociedade do Rio (ITS).
A partir da constatação de que, sem uma rede de qualidade, não é possível ter acesso aos muitos conteúdos educativos de qualidade e gratuitos que existem na internet, a Campanha tem dois objetivos: mapear a conexão das escolas de todo o país e mobilizar a comunidade educacional para lutar por seus direitos digitais.
Em uma plataforma, estão disponíveis três missões para educadores, gestores, pais e estudantes que queiram se engajar no movimento. A primeira é mandar um e-mail para a presidente da República, Dilma Rousseff. Até início de dezembro de 2015, fechamento desta edição, mais de 55 mil e-mails haviam sido enviados. A segunda missão é fazer a medição online da velocidade do link nas instituições. Para isso, basta se cadastrar na página da Campanha e utilizar o aplicativo – desenvolvido pela organização estadunidense Education Superhighway. É preciso estar conectado de um computador da escola e fazer o teste dez vezes, em dias diferentes. Até o fechamento desta edição, mais de 3 mil escolas tinham realizado ao menos uma medição.
E a terceira missão é participar dos Dias da Conectividade, momentos de ações práticas de sensibilização para a causa. O primeiro foi promovido em 23 de outubro e, o segundo, em 30 de novembro. A Campanha oferece ajuda às escolas na organização de atividades. O site traz ainda o mapa da Conectividade. Mostra, por estado, quantas escolas já testaram suas velocidades. Os organizadores estão contabilizando as velocidades aferidas e ainda não têm previsão de data para divulgar os dados. Uma das representantes da campanha, Anna Penido, diretora do Instituto Inspirare, explica que não se trata apenas de exigir internet mais veloz. O aumento da velocidade, reforça ela, pode gerar qualidade e equidade, permitindo suprir uma série de lacunas quando a escola se apropria da tecnologia – para resolver vários problemas, para formação de professores, motivação de alunos, acesso a fontes de conhecimento, acompanhar o dia a dia de cada aluno, automatizar tarefas… “Porém, se a gente não fizer uma política universal, corremos o risco de potencializar as desigualdades. Se as escolas urbanas dos bairros mais ricos tiverem 100 Mbps e as rurais tiverem 1 Mbps, o que acontecerá será o aumento exponencial da distância”. Há que se pensar nessa equação e, se necessário, até priorizar quem precisa mais, ressalta Anna. (A.L.)
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