No final de 2015, mais de 5,1 milhões de pessoas trabalhavam no mercado de TI nos Estados Unidos, mas apenas 25% dos postos de trabalho eram ocupados por mulheres. A interação precoce com a tecnologia, mais informações sobre oportunidades de emprego, apoio dos pais e influenciadores estão entre as ações que irão incentivar mais garotas a considerar a tecnologia como uma opção de c
arreira, de acordo com a pesquisa Make tech her story (do inglês, Faça da tecnologia sua história) – realizada pela CompTIA, associação sem fins lucrativos que atua na área de indústria de tecnologia.“Alcançar maior diversidade de gênero em nossa indústria requer grandes mudanças nas formas das meninas interagirem e aprenderem tecnologia”, disse Todd Thibodeaux, presidente e CEO da CompTIA. “Será necessário um esforço de colaboração e compromisso de longo prazo por parte dos pais e influenciadores, professores e conselheiros, além de mentores da indústria que podem transmitir a sua paixão em trabalhar com tecnologia para as futuras gerações”, alertou.
O estudo, feito com meninas entre 10 e 17 anos, identifica vários fatores críticos que desencorajam as jovens a considerar uma carreira em tecnologia. Confira algumas das situações encontradas nas respostas.
1. Os pais desempenham um papel fundamental na introdução da tecnologia
Meninas e meninos concordam que pais e responsáveis são a principal fonte para descobrir o que a tecnologia representa. Mas os meninos são mais propensos a começar a usar dispositivos móveis mais cedo, aos cinco anos de idade ou menos, do que as meninas (11% contra 5%). Os meninos também são ligeiramente mais propensos a explorar os funcionamentos internos de dispositivos de tecnologia por curiosidade (36% versus 30% de mulheres).
2. O interesse das meninas pela tecnologia diminui com a idade
Quase metade dos meninos têm considerado uma carreira de tecnologia, em comparação com menos de um quarto das meninas. Entre as meninas do ensino fundamental, 27% têm considerado uma carreira em tecnologia. No ensino médio esse número cai para 18%.
3.Aulas de tecnologia não são suficientes
Garotas que cursaram a disciplina de tecnologia são apenas ligeiramente mais propensas a considerar uma carreira em TI (32%). Menos da metade das meninas que fizeram esses cursos estão confiantes que suas habilidades são adequadas para o trabalho.
4. As meninas não têm conhecimento sobre oportunidades de carreira
Das meninas que não consideraram uma carreira em TI, 69% atribuem isso a desconhecer as oportunidades que estão disponíveis para elas. Mais de metade (53%) dizem que informações adicionais sobre as opções de carreira iriam encorajá-las a considerar um trabalho em TI.
5. As meninas precisam de influenciadores da indústria
Apenas 37% das meninas conhecem alguém que trabalha com TI. Esse percentual sobe para 60% entre as meninas que consideram uma carreira em TI.
As mulheres desempenharam papéis essenciais e vitais ao longo da história da computação e da tecnologia, desde programadoras pioneiras como a contra-almirante Graça M. Hopper e as meninas da Eniac, até as líderes de hoje no Facebook, YouTube, HP, Alphabet, Xerox e outras empresas.
“Há mulheres jovens e meninas em faculdades, no ensino médio e no ensino fundamental que, com a educação e orientação correta, serão igualmente capazes de fazer grandes coisas”, disse Carolyn April, diretora sênior de pesquisa da CompTIA. “É nossa responsabilidade encorajá-las e ajudá-las a atingir seu pleno potencial.”
Para isso a CompTIA lançou a campanha “Faça da tecnologia sua história: o que precisa mudar para inspirar garotas a buscarem a carreira de TI”. A campanha tem como peças centrais o site Make Tech Her Story, onde há um e-book gratuito para baixar.
Para apoiar a campanha, a CompTIA apelou para a Rosie the Riveter, ícone cultural associado às mulheres que se juntaram à força de trabalho durante a Segunda Guerra Mundial. Mas, em vez de trabalhar em fábricas de munições e estaleiros, a Rosie de 2016 está construindo aplicativos móveis, gerenciando a internet das coisas e mantendo ativos cibernéticos seguros.
No site, as visitantes podem construir o seu próprio avatar Rosie personalizado, participar de uma promoção de compartilhamento de fotos nas mídias sociais, assistir a vídeos com entrevistas com meninas, acessar recursos da carreira e contribuir para o próximo capítulo na história das mulheres e da indústria da TI.
A pesquisa realizada pela CompTIA inclui dados de quatro grupos realizados em Chicago (EUA), com um total de 37 meninas no ensino fundamental e médio entre 10 e 17 anos de idade, e uma pesquisa online com 200 meninas e 200 meninos na mesma faixa etária. (Com assessoria de imprensa)