No final de 2015, mais de 5,1 milhões de pessoas trabalhavam no mercado de TI nos Estados Unidos, mas apenas 25% dos postos de trabalho eram ocupados por mulheres. A interação precoce com a tecnologia, mais informações sobre oportunidades de emprego, apoio dos pais e influenciadores estão entre as ações que irão incentivar mais garotas a considerar a tecnologia como uma opção de c

Por United States Army - Image from [1], Domínio público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=978783

Mulheres operando o Eniac

arreira, de acordo com a pesquisa Make tech her story (do inglês, Faça da tecnologia sua história) – realizada pela CompTIA, associação sem fins lucrativos que atua na área de indústria de tecnologia.

“Alcançar maior diversidade de gênero em nossa indústria requer grandes mudanças nas formas das meninas interagirem e aprenderem tecnologia”, disse Todd Thibodeaux, presidente e CEO da CompTIA. “Será necessário um esforço de colaboração e compromisso de longo prazo por parte dos pais e influenciadores, professores e conselheiros, além de mentores da indústria que podem transmitir a sua paixão em trabalhar com tecnologia para as futuras gerações”, alertou.

O estudo, feito com meninas entre 10 e 17 anos, identifica vários fatores críticos que desencorajam as jovens a considerar uma carreira em tecnologia. Confira algumas das situações encontradas nas respostas.

1. Os pais desempenham um papel fundamental na introdução da tecnologia
Meninas e meninos concordam que pais e responsáveis são a principal fonte para descobrir o que a tecnologia representa. Mas os meninos são mais propensos a começar a usar dispositivos móveis mais cedo, aos cinco anos de idade ou menos, do que as meninas (11% contra 5%). Os meninos também são ligeiramente mais propensos a explorar os funcionamentos internos de dispositivos de tecnologia por curiosidade (36% versus 30% de mulheres).

2. O interesse das meninas pela tecnologia diminui com a idade
Quase metade dos meninos têm considerado uma carreira de tecnologia, em comparação com menos de um quarto das meninas. Entre as meninas do ensino fundamental, 27% têm considerado uma carreira em tecnologia. No ensino médio esse número cai para 18%.

3.Aulas de tecnologia não são suficientes
Garotas que cursaram a disciplina de tecnologia são apenas ligeiramente mais propensas a considerar uma carreira em TI (32%). Menos da metade das meninas que fizeram esses cursos estão confiantes que suas habilidades são adequadas para o trabalho.

4. As meninas não têm conhecimento sobre oportunidades de carreira
Das meninas que não consideraram uma carreira em TI, 69% atribuem isso a desconhecer as oportunidades que estão disponíveis para elas. Mais de metade (53%) dizem que informações adicionais sobre as opções de carreira iriam encorajá-las a considerar um trabalho em TI.

5. As meninas precisam de influenciadores da indústria
Apenas 37% das meninas conhecem alguém que trabalha com TI. Esse percentual sobe para 60% entre as meninas que consideram uma carreira em TI.

As mulheres desempenharam papéis essenciais e vitais ao longo da história da computação e da tecnologia, desde programadoras pioneiras como a contra-almirante Graça M. Hopper e as meninas da Eniac, até as líderes de hoje no Facebook, YouTube, HP, Alphabet, Xerox e outras empresas.

By James S. Davis [Public domain], via Wikimedia Commons

Grace M. Hopper

“Há mulheres jovens e meninas em faculdades, no ensino médio e no ensino fundamental que, com a educação e orientação correta, serão igualmente capazes de fazer grandes coisas”, disse Carolyn April, diretora sênior de pesquisa da CompTIA. “É nossa responsabilidade encorajá-las e ajudá-las a atingir seu pleno potencial.”

Para isso a CompTIA lançou a campanha “Faça da tecnologia sua história: o que precisa mudar para inspirar garotas a buscarem a carreira de TI”. A campanha tem como peças centrais o site Make Tech Her Story, onde há um e-book gratuito para baixar.

Para apoiar a campanha, a CompTIA apelou para a Rosie the Riveter, ícone cultural associado às mulheres que se juntaram à força de trabalho durante a Segunda Guerra Mundial. Mas, em vez de trabalhar em fábricas de munições e estaleiros, a Rosie de 2016 está construindo aplicativos móveis, gerenciando a internet das coisas e mantendo ativos cibernéticos seguros.

No site, as visitantes podem construir o seu próprio avatar Rosie personalizado, participar de uma promoção de compartilhamento de fotos nas mídias sociais, assistir a vídeos com entrevistas com meninas, acessar recursos da carreira e contribuir para o próximo capítulo na história das mulheres e da indústria da TI.

A pesquisa realizada pela CompTIA inclui dados de quatro grupos realizados em Chicago (EUA), com um total de 37 meninas no ensino fundamental e médio entre 10 e 17 anos de idade, e uma pesquisa online com 200 meninas e 200 meninos na mesma faixa etária. (Com assessoria de imprensa)