Ao perceber que o game Pokémon GO virou uma febre, professores do Centro Paula Souza estão recorrendo a elementos do jogo para atrair o interesse dos alunos para temas de sala de aula.
O professor Eddy Antonini, da Etec Dr. Demétrio Azevedo Júnior, em Itapeva, está fazendo sucesso na internet com o vídeo em que aparece na classe com os alunos do curso técnico de eletrônica, ensinando trigonometria por meio do jogo.
Anderson Sene, da Etec Prof. José Sant’Ana de Castro, de Cruzeiro, aplicou os “pokeconceitos” para criar um modelo de banco de dados com os estudantes do curso técnico de informática integrado ao ensino médio. “A participação dos alunos na aula foi excelente. Os exemplos do jogo ajudam a despertar o interesse do jovem, que assimila com mais facilidade os conteúdos porque é feita uma relação com a realidade do seu dia a dia”, diz.
Para o coordenador do curso superior de tecnologia em jogos digitais da Fatec Carapicuíba, Alvaro Gabriele Rodrigues, o fenômeno do Pokémon GO chamou a atenção dos professores para o conceito de “aprendizado tangencial”, no qual os jogos podem contribuir para o ensino a partir da familiaridade despertada pela experiência do jogador, mesmo que a educação não seja a finalidade do game.
“Trata-se de uma prática pedagógica inovadora. Cada professor pode aproveitar os elementos do jogo da forma que quiser, tanto nas áreas que envolvem recursos tecnológicos quanto nas aulas de geografia, história e outras disciplinas regulares. Não há limites para a criatividade”, explica Rodrigues. (Com assessoria de imprensa)