Por Carlos Sanches
Um dos softwares de produtividade mais importantes da atualidade, sem dúvida, é o editor de planilhas. Trata-se, de modo sucinto, de um programa concebido para criar, editar e exibir planilhas. Pois bem, você já imaginou utilizá-lo para desenvolver competências e habilidades de lógica e matemática – por exemplo -, inerentes a um programa desse tipo e, ao mesmo tempo, de outros assuntos dentro de uma temática curricular em uma única “apresentação” ou planilha?
Essa é a minha sugestão neste artigo. Preparei uma planilha modelo no aplicativo “Folhas de cálculo”, do Google, com uma Tabela Periódica Interativa que “linka” os elementos às suas propriedades, quando se clica neles – sem clicar diretamente nas abas ou páginas. Essa tabela pode ser acessada aqui . O link abrirá a planilha na aba “Dados”. Para clicar diretamente nos elementos da tabela periódica, clique em qualquer outra aba com os nomes dos elementos.
A ideia é que os alunos a analisem e, na sequência, tentem produzi-la – preferencialmente em grupo e com alguém que tenha domínio de planilhas Google para fazer a mediação –, incluindo modificações que julgarem pertinentes e interessantes.
O que se desenvolve com relação a competências e habilidades com essa “tarefa”? Vejo duas sequências de “aprendizagens” e questionamentos envolvidos nesse processo. A primeira está relacionada à planilha e à matemática:
– Noções de colunas e linhas para procurar um valor
– Como uma determinada função procura esse valor?
– Qual a lógica envolvida na função VLOOKUP – Pesquisa Vertical?
– Utilização de links internos com a ferramenta editor de scripts.
– Possíveis funções das células nas planilhas
– Como os dados são exibidos nos gráficos?
– Configuração de layouts
Observação: com relação ao editor de scripts, não há necessidade de se aprender os códigos se a intenção não for essa, mas, sim, tentar entender a lógica que existe “por trás” deles. A segunda está relacionada ao conteúdo específico que abordei nesse material (química), mas que pode, claro – e deve – ser formatado para outros conteúdos.
– Discutir por que os pontos de fusão (PF) e de ebulição (PE) são tão diferentes entre os elementos.
– Quais são os possíveis fatores que podem determinar essas diferenças?
– O que temos de pesquisar e discutir para saber se estamos pensando de modo coerente com os dados observados?
– Propor uma hipótese e testá-la.
Esse modelo tem a proposta de ser útil e servir de inspiração para que outros façam o seu próprio, tornando as nossas aulas mais atraentes, significativas e interdisciplinares.