Uma jovem de Londrina (PR) conquistou uma vaga na final global da edição 2016 da Google Science Fair. É a primeira vez que o Brasil será representado na última etapa da feira de ciências do Google. A estudante Maria Vitória Valoto, de 16 anos, criou o projeto “Leite sem lactose para todos”, que concorrerá pelo grande prêmio.
Ela queria resolver um problema de revirar o estômago: ao redor do mundo, boa parte das comunidades tem uma alta porcentagem de indivíduos que não produzem a enzima necessária para digerir o leite de forma adequada. No Brasil, pelo menos 50 milhões de pessoas são afetadas. Comprar leite sem lactose e outras alternativas não lácteas, como leite de soja ou amêndoa, pode ser muito caro ou difícil e, enquanto os fabricantes de alimentos conseguem produzir itens sem lactose com bastante facilidade, o produto final pode ter qualidade e valor nutritivo reduzidos.
Maria se propôs a criar algo que qualquer um pode adicionar diretamente ao leite para neutralizar sua lactose, no conforto da sua própria casa. Após vários experimentos, ela produziu uma cápsula reutilizável, que funciona a partir de temperaturas do refrigerador até 37º Celsius, e tem resultado igualmente satisfatório em leites com baixo teor de gordura ou integrais. O efeito da cápsula dura até sete dias e o produto custa apenas alguns centavos. A estudante está animada para tornar sua solução facilmente acessível a qualquer pessoa.
Ao todo, são 16 projetos de nove países concorrendo na Google Science Fair (África do Sul, Arábia Saudita, Bangladesh, Brasil, Estados Unidos, Índia, Malásia, Singapura e Zâmbia), com ideias para melhorar o mundo por meio da ciência e engenharia. As propostas dos outros finalistas vão desde um teste de bafômetro que pode prever o câncer de pulmão até um filtro de carbono para diminuir significativamente o desperdício de isopor. Confira todas aqui. (Com assessoria de imprensa)