Por Gabriella Bighetti
Você já parou para pensar como vivemos uma vida cada vez mais conectada e tecnológica? Como a internet transformou desde a forma que interagimos até a maneira de ensinar e aprender? Sem perceber, o digital está cada vez mais integrado às nossas tarefas diárias e modificando várias esferas do nosso cotidiano, inclusive a educação.
No contexto urbano – educação e tecnologia – caminham juntas e já constroem novas realidades. Nas zonas rurais, a possibilidade de inserção e transformação – por meio dessa combinação – ainda é um caminho a ser percorrido. E estamos dando os primeiros passos: 40% das escolas do país estão no campo; entretanto, somente 10% dessas escolas estão conectadas à internet.
É importante pensar em como a tecnologia pode ajudar em desafios do campo enfrentados por gestores de secretarias de educação, dirigentes de escolas, educadores, estudantes e comunidades. Levar conexão, formação online para professores e garantir acesso a conteúdos qualificados são algumas possíveis ferramentas para enfrentar questões como falta de supervisão e de assistência pedagógica às escolas; formação docente qualificada para a realidade rural e classes predominantemente multisseriadas.
Juntando forças com os setores público e privado, além de outros agentes do terceiro setor, a Fundação Telefônica Vivo busca garantir um futuro justo e inclusivo. Frente à potência do uso da tecnologia para qualificar a aprendizagem, escolhemos olhar para o contexto da educação do campo a fim de conectar e ampliar as possibilidades e perspectivas nesse contexto. Exemplo disso é o Programa Escolas Rurais Conectadas que oferece conexão e formação para professores do campo. Encontrar novos caminhos é nosso jeito de contribuir para a mudança social.
Nos últimos anos, coletamos uma série de histórias, práticas e experiências com os nossos projetos de campo, como o Escolas Rurais Conectadas ou o Promenino, uma iniciativa que busca contribuir para a erradicação o trabalho infantil e a garantia dos direitos de crianças e adolescentes. A ideia da coluna Camponline é compartilhar esses testemunhos e inspirar outros com os nossos aprendizados. Acreditamos que o conhecimento compartilhado vale muito para a transformação que estamos construindo.
Gabriella Bighetti é diretora-presidente da Fundação Telefônica Vivo. Formada em Direito pela PUC-SP, com mestrado em Direito Internacional na Faculté de Assas – Paris II (França), ela atua há mais de 15 anos na área socioambiental.