A Micro:bit Foundation, entidade sem fins lucrativos com sede na Inglaterra, e a Positivo Tecnologia, por meio de sua área de inovação Educacional, acabam de anunciar uma aliança estratégica que levará aos alunos brasileiros e de outros países da América Latina o micro:bit, uma plataforma baseada em um pequeno computador programável, que desperta o interesse por tecnologia, invenção e empreendedorismo, inspira a cultura maker e ajuda a formar uma nova geração de inovadores em ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

O acordo de cooperação tecnológica e pedagógica tem o apoio da Secretaria de Políticas de Informática (Sepin) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). A parceria prevê a introdução da plataforma micro:bit no Brasil e a participação da Positivo em seu desenvolvimento, aperfeiçoando-a e adaptando-a para uso no país e, sucessivamente, em outros países da América Latina.

“Essa é a primeira vez que um país será parceiro de desenvolvimento de tecnologia do micro:bit. Ou seja, não se trata apenas de um acordo comercial e, sim, de um projeto de cooperação internacional que conta com a chancela do governo federal”, reforça Roger Finger, head de Inovação da Positivo Tecnologia. Ele explica que o micro:bit foi criado pela BBC (rede pública de rádio e TV do Reino Unido), em colaboração com 31 parceiros, entre os quais ARM e Microsoft: “Hoje, a plataforma já está sendo implementada em vários países, mas seu aprimoramento, adaptação para a realidade de um país e desenvolvimento de novos programas é um projeto inédito”.

A placa programável, que cabe no bolso, começou a ser distribuída gratuitamente em 2016 a cada aluno do sétimo ano das escolas na Inglaterra e em Gales, e para estudantes na Irlanda do Norte e na Escócia de turmas equivalentes (a partir de 11 anos de idade, início do ensino médio). Hoje já é usada por um milhão de alunos, com programas educacionais desenvolvidos pela BBC e resultados comprovados: pesquisas realizadas junto a estudantes e professores revelam que o projeto teve um impacto forte e muito positivo, com 90% dos estudantes afirmando que o BBC micro:bit ajudou a mostrar que qualquer pessoa pode programar.

Diante do sucesso da iniciativa, foi criada a Micro:bit Educational Foundation e a plataforma começou a ser implementada em outros países. Hoje, há projetos em andamento em 40 países, como Finlândia, Irlanda, Noruega e Holanda. A Positivo Tecnologia foi o parceiro escolhido pela Micro:bit Foundation para o Brasil e a América Latina. “Tudo começou como o mais ambicioso projeto de educação da BBC em 30 anos, e agora estamos muito empolgados em ter um papel de liderança na nova fronteira em tecnologia educacional e levar a plataforma micro:bit para o mundo todo. Temos uma boa cobertura para isso na Europa e na Ásia, com fábricas na Inglaterra e na China, mas precisávamos de um bom parceiro para entrar no Brasil e na América Latina, e escolhemos a Positivo Tecnologia por ser uma empresa de tecnologia e de educação, com conhecimento para contribuir tecnicamente e pedagogicamente com o micro:bit e fazer as adaptações necessárias para implementação nas escolas brasileiras e de outros países da região”, diz Zach Shelby, CEO da Micro:bit Foundation.

Neste semestre, a área de inovação educacional da Positivo está trabalhando em projetos-piloto que serão implementados em três escolas, que ainda estão sendo definidas, para alunos da mesma faixa etária do projeto do Reino Unido – crianças a partir de 11 anos. O investimento inicial é de cerca de R$ 1 milhão. A Positivo Tecnologia vai localizar programas desenvolvidos pela BBC, desenvolver novos programas e também criar kits de acessórios e módulos periféricos para expandir ainda mais as funções e ligações do micro:bit com o currículo escolar.

Resultados positivos no Reino Unido

O micro:bit chega ao Brasil embalado pelo grande sucesso de sua implementação no Reino Unido. A BBC divulgou recentemente os resultados de pesquisas realizadas com estudantes e educadores, que revelam que, além dos 90% dos estudantes que afirmam que o micro:bit mostrou que qualquer pessoa pode programar, 88% descobriu que programação não é tão difícil como pensava, e 45% dos alunos disseram que considerariam TIC e ciência da computação como uma opção no futuro (antes do projeto, esse índice era de 36%). Entre as garotas, o impacto foi ainda mais expressivo: de 23% antes do micro:bit para 39% depois – um aumento de 70%.

Entre os professores, os resultados também são positivos: 75% dos educadores usaram ou têm intenção de usar o micro:bit, 85% concordam que o projeto fez com que as disciplinas de TIC e ciências da computação se tornassem mais agradáveis para seus alunos e 80% que ajudou os jovens a perceberem que programação é menos difícil do que parece. Além disso, metade dos educadores que usaram o micro.bit dizem que se sentem mais confiantes como professores, em particular aqueles que dizem que não se sentiam tão seguros ao ensinar computação. (Com assessoria de imprensa)