A Huawei, empresa de soluções de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), e os seus parceiros, Instituto Cooperforte, organização focada em responsabilidade social e inserção de jovens no mundo de trabalho, e Instituto De Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), anunciam a conclusão do projeto Energia Solar para a Inclusão Digital, iniciado em julho de 2016. A iniciativa ofereceu curso gratuito em tecnologia e energia fotovoltaica, capacitando 37 jovens na Amazônia.
A cerimônia de encerramento aconteceu nos dias 20 e 21 de janeiro, em duas regiões: para os 15 estudantes urbanos, em Tefé, na sede do Instituto Mamirauá; para os 22 alunos treinados na comunidade ribeirinha, em São José do Ipecaçu, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã (RDSA).
Os alunos que finalizaram o curso com todo conteúdo programático receberam seus certificados, sendo que 50% dos estudantes da área urbana já conseguiram emprego. O projeto estabeleceu uma parceria com a junta comercial de Tefé a fim de criar de criar oportunidades de emprego para os jovens.
Os jovens da comunidade ribeirinha estão em condições técnicas de ajudar outros integrantes da comunidade a buscar via internet fornecedores e compradores para produtos locais, como peixes e artesanato feito na vila. Um ponto de internet na comunidade ribeirinha continuará em funcionamento.
Ana Carla Barbosa, de 19 anos, diz que o curso ajudou bastante para que ela se desenvolvesse na área de informática, na qual exerce sua profissão: “Agora, energia renovável representa tudo. Basicamente, o curso significa oportunidades para minhas decisões futuras”. Weigson Oleriano, de 19 anos, tinha o sonho de fazer medicina: “Mas quando me aprofundei no curso de energia solar, passei a ter um novo horizonte: engenharia elétrica”.
De acordo com Sandro Augusto, do Centro Vocacional Tecnológico do Instituto Mamirauá, a equipe espera contribuir com conhecimentos que levem à autonomia dos jovens e das artesãs e dos artesãos das comunidades. “O objetivo é o fortalecimento do grupo, o empoderamento deles com a internet. Coisas simples, como tirar nota fiscal eletrônica, para eles é um diferencial”.
Um exemplo seria o Grupo Teçume da Amazônia, que reúne mulheres artesãs de comunidades da Reserva Amanã. Com 16 anos de existência, o Grupo já vendeu sua produção para os Estados Unidos, São Paulo, Rio de Janeiro, além da feira na cidade. “A nossa dificuldade maior é a comunicação. Acreditamos que, com a internet, com o aprendizado dos jovens, vai melhorar a nossa comunicação com os clientes”, comentou Marly das Chagas, coordenadora do Grupo.
Outro benefício criado pelo projeto foi a colocação de um ponto de internet na comunidade ribeirinha, via sinal de micro-ondas de uma torre do backbone do Instituto Mamirauá na região. “Acreditamos que a parceria com o Instituto Cooperforte e o Instituto Mamirauá foi essencial para que os projetos de inclusão social e digital nessas regiões fossem um sucesso. A tecnologia transforma realidades e queremos contribuir com a transformação positiva de jovens em situação de vulnerabilidade social”, disse Alexander Rose, gerente de Relações Públicas da Huawei Brasil.
Projeto “Energia Solar para a Inclusão Digital”
O projeto, realizado em Tefé e em São João de Ipecaçu, teve como base um curso ministrado e desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), que cuida de programas de pesquisa, tecnologia fotovoltaica, manejo e assessoria técnica sustentável da região e suas reservas. O programa educacional buscou, além de ensinar questões relacionadas a cidadania e computação, desenvolver 30 jovens de 15 a 24 anos na área de TIC e capacitá-los para o mercado. Esses alunos tiveram acesso a disciplinas como Formação em Cidadania, TI básica, instalação e manutenção de sistema e manutenção de computadores e curso básico de sistemas fotovoltaicas. A metodologia social aplicada no curso foi desenvolvida e supervisionada pelo Instituto Cooperforte.
A segunda região a receber o curso foi a comunidade ribeirinha São João de Ipecaçu na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã (RDSA-AM), levando em consideração as necessidades locais e limitações de tecnologia como falta de energia elétrica e falta de cobertura de comunicação. Com a oportunidade de integrar o ensino dessa área com o desenvolvimento sustentável, o curso foi adaptado para a população local, composta principalmente por habitantes jovens entre 14 e 21 anos da própria comunidade.
“Capacitar jovens numa das maiores reservas da Amazônia, sem rede de energia elétrica e sem cobertura de telecomunicações, foi certamente um desafio para a Huawei e parceiros”, disse Liu Wei, vice-presidente de Relações Públicas da Huawei. (Com assessoria de imprensa)