Vencedores deste ano da categoria Inclusão Social da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps), recém-formados  da Escola Técnica Estadual (Etec) Doutor Emílio Hernandez Aguilar, de Franco da Rocha, criaram o PlayDown, aplicativo para o desenvolvimento de crianças com Síndrome de Down e outras deficiências intelectuais.

Disponível para download gratuito para o sistema Android, o jogo para smartphones é composto de dez pequenos games com desafios de diferentes níveis . “O PlayDown apresenta características que auxiliam na memorização, raciocínio lógico, coordenação motora e autodomínio, por meio da utilização de sons, formas, cores, números, animais, letras, entre outros”, aponta a coordenadora do projeto, professora Débora Vicente. Segundo ela, essas funcionalidades atendem as principais necessidades das crianças com Síndrome de Down no mesmo aplicativo, diferentemente dos jogos que existem no mercado, e, ainda assim, permitem que o PlayDown atinja um público irrestrito.
O usuário pode escolher entre jogos como caça animais, em que é preciso encontrar diversas espécies escondidas pelo cenário, um jogo da memória, games com números, letras e formas geométricas. Todas as fases são instruídas por uma personagem que revela qual a missão do jogador.

Antes de liberar o PlayDown para download, os alunos e a professora pesquisaram o mercado de games, conversaram com especialistas da área médica e foram a campo em hospitais e instituições, como a Associação de Pais Amigos dos Excepcionais (Apae), para encontrar a medida certa entre brincadeira e aprendizado. Conduzido ao longo de 12 meses, o projeto também foi apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso.

A exposição do projeto na Feteps já trouxe bons frutos. O prêmio estimula os estudantes a buscar melhorias para o aplicativo e o grupo vem recebendo contato de empresários interessados em investir no game. “Foi muito bacana ganhar o prêmio. É um estímulo para melhorar o PlayDown e criar novos aplicativos. Muitas pessoas baixaram o programa e estamos recebendo um retorno muito gratificante. Queremos que mais pessoas utilizem esse recurso, conheçam o jogo e também todo o percurso que levou a seu desenvolvimento”, conta Lucas Castro, de 17 anos. Ele e os colegas Gabriel Ortega e Gustavo Santos acabaram de inscrever o aplicativo na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). (Assessoria de imprensa)