Diversos estudos identificam a falta de políticas capazes de formar, atrair e manter em sala de aula os melhores profissionais. Porém, os caminhos institucionais para conseguir a mudança não são claros. Com o objetivo de contribuir para a definição de ações que levem a essa mudança, a organização Todos Pela Educação (TPE) idealizou a pesquisa “Formação de Professores no Brasil – Diagnóstico, agenda de políticas e estratégias para a mudança”, coordenada pelo professor Fernando Luiz Abrúcio, da Fundação Getúlio Vargas.
Esse estudo, apoiado pelo Itaú BBA e pelo Instituto Singularidades, deu origem a publicação homônima, editada pelo TPE em parceria com a Fundação Santillana e a Editora Moderna.
O estudo contemplou, em primeiro lugar, uma revisão da literatura das pesquisas relativas à pertinência e à suficiência dos programas de formação de professores existentes no país. Esse primeiro passo trouxe elementos para a definição de escopo e para indagar os atores estratégicos na segunda fase do estudo, na qual se foi a campo para realizar entrevistas em profundidade e grupos focais que permitiram identificar as principais problemáticas e proposições para avançar no terreno das políticas públicas.
Entre os setes problemas na formação docente apontados pela pesquisa estão, por exemplo, a atratividade da carreira e a integração do tripé formativo – universidades-centros formadores/redes de ensino/escolas. Entre as quinze principais medidas para solucionar esses problemas estão: mudanças nos currículos de pedagogia e licenciaturas, adoção de escolas públicas de referência e programas de estágios e residências pedagógicas.
“A melhoria da formação e da carreira do professor é uma das cinco bandeiras do TPE, desde 2010”, conta Alejandra Meraz Velasco, superintendente do Todos Pela Educação. “E mesmo sabendo que não há “bala de prata” em educação, essa é a bandeira que se destaca pelo enorme impacto na aprendizagem de crianças e jovens”, completa.