De 28 a 30 de novembro acontece, em Fortaleza (CE), a 13ª edição da Oficina de Inclusão Digital e Participação Social – espaço de aprofundamento democrático para a construção de políticas públicas de inclusão digital. A Oficina foi criada, em 2001, pelo governo federal, e hoje tem a coordenação de movimentos sociais.

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Atividade na 11ª Oficina, realizada em Porto Alegre (RS)

Com participação gratuita, o encontro promove a apropriação crítica das tecnologias digitais não apenas de envolvidos diretamente com as tecnologias da informação e comunicação, mas de todos que buscam informações ou aprimorar seus conhecimentos na área. Plenárias, palestras, debates, atividades práticas, exposições marcam os três dias de atividades.

Este ano, no entanto, um dos principais atores desse movimento não estará presente. Uma das organizações idealizadoras da Oficina de Inclusão Digital e Participação Social, o Coletivo Digital integra o time de frente da Oficina desde a primeira edição. Mas se recusou a participar do evento de 2016, “apoiado por um governo sem voto”.

“Em respeito aos nossos companheiros de luta – com opções iguais ou diferentes da nossa – e de tantos outros militantes da causa, o Coletivo esclarece que não vai abandonar a militância pela inclusão digital, na defesa do software livre e por uma internet sem bloqueio”, diz Bea Tibiriçá, diretora do Coletivo. Em carta aberta à sociedade, o Coletivo não apenas se recusa a participar de uma oficina sob um governo sem voto – “esperamos que seja a última oficina sob um governo sem voto”, reforça a ativista. Mas a organização também denuncia que o governo tem patrocinado ataques à internet livre, ao Marco Civil da Internet. Beá aponta, ainda, que o governo avançou sobre princípios do movimento pela inclusão digital quando fez a opção por acabar com a opção pelo software livre na gestão pública.

 

Confira a íntegra do manifesto do Coletivo Digital: