Por Richard Byrnes
A tentação de utilizar as diversas tecnologias disponíveis para falar com pais e estudantes é enorme. Porém, a escola precisa avaliar quais as melhores ferramentes para cada fim. Quando usadas corretamente, as mídias sociais podem dar uma fantástica ajuda para disseminar uma boa imagem da sua escola. Esses canais podem ser também bastante úteis na construção de um sentimento de comunidade em torno da escola. Mas nem sempre são a melhor forma de compartilhar notícias da escola.
Os alertas vêm do professor estadunidense Richard Byrnes, autor do blog Free Technology for teachers, que se dedicou a analisar as principais mídias sociais e avaliar de que modo essas ferramentas podem melhorar ou atrapalhar a comunicação entre gestores, educadores, pais e alunos.
Nesta primeira série de dois artigos, ele fala sobre o uso de redes sociais na comunicação entre a comunidade escolar. Na parte 2, o tema é o uso de e-mails para comunicações escolares.
1. Comunicando-se por redes sociais
Este texto trata apenas de Facebook, Twitter, Google+ e Instagram.
Pros
– A probabilidade de os alunos conferirem suas redes sociais é muito maior do que a deles abrirem e-mails
– Você pode rapidamente postar mensagens compactas, com imagens que atraiam a atenção de estudantes e pais (eu testei usar imagens no meu Twitter. Cada vez que faço isso ganho mais retuítes e seguidores do que ao postar a mesma mensagem sem imagem)
– É fácil para estudantes e pais compartilhar avisos por um simples retuíte, compartilhamento no Facebook, tag no Instagram ou tag ou re-post no Google+
– É fácil responder a posts de comunicados
– Ao longo dos posts, um pequeno arquivo de comunicados recentes é criado automaticamente.
Contras
– Você precisa convencer pais e estudantes a seguir ou curtir a escola nas mídias sociais
– Estudantes e pais que seguem uma grande quantidade de usuários podem facilmente perder os seus posts. Isso acontece especialmente no Facebook, que tende a “esconder” posts de pessoas e páginas com quem você tem baixa interação Em outras palavras, se você clica muito em uma página, você vai ver mais postagens dessa página do que de outras que segue, mas não visita frequentemente.
– Você, o administrador escolar ou um conselho escolar precisam chegar a um consenso sobre qual será a voz oficial da escola nas mídias sociais. Ou seja, quem fará os posts nas contas das redes sociais.
– Alguém tem que monitorar e moderar os comentários que surgem a partir dos posts nas mídias sociais. No Facebook, no Google+ e no Instagram, é possível deletar comentários inadequados. No Twitter as opções são bloquear, emudecer ou denunciar o ofensor.
– Comunicados longos, que requerem explicações detalhadas, podem ser feitos no Facebook ou no Google+. Mas esse tipo de postagem tende a ser ignorada em mídias sociais ou, no mínimo, não são compartilhadas de usuário para usuário.
Artigo publicado originalmente no blog Free Technology for teachers.