Dia 28 de junho foi inaugurado o Crowdworking do Vale da Eletrônica, no campus do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí, sul de Minas Gerais. A iniciativa, fruto de parceria entre o Instituto; a Telefónica Open Future, da Telefônica Vivo; e a Ericsson, funciona como uma agência pré-aceleradora de projetos.
Um laboratório de Criatividade, Ideação e Inovação foi construído especialmente para receber os futuros negócios. Com design agradável e descontraído, o local dispõe de impressoras 3D e máquinas de usinagem para placas de circuito impresso, além de equipamentos para reuniões a apresentações, como sistema para videoconferência, som integrado, projetores e lousa interativa.
Foram selecionadas 20 startups – entre 90 que se inscreveram para participar da primeira turma – formadas por alunos, ex-alunos e empresas ligadas à Incubadora do Inatel. Essas pequenas empresas passarão por um processo de dez meses, no qual receberão apoio técnico, treinamentos e mentorias das três instituições envolvidas para desenvolver seus produtos e negócios. Os participantes do programa de pré-aceleração também poderão utilizar outros laboratórios do Instituto.
Entre as propostas eleitas, há projetos nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Internet of Things (IoT), aplicativos para pequenas e médias empresas, e até soluções para residências, famílias e consumidores em geral. A maioria está em fase de prototipagem do Mínimo Produto Viável (MVP).
De acordo com Renato Valente, Country Manager da aceleradora Wayra, que faz parte da Telefónica Open Future, o Crowdworking é mundial e já existe em outros países da América Latina, como Chile e Equador. No Brasil, o segundo espaço, já em negociação, será instalado em Londrina (PR). “A ideia por trás disso é mapear bons projetos, identificar aqueles que estão evoluindo e investir”, disse o executivo. Ele destacou, também, a possibilidade de as futuras empresas prestarem serviços para a própria Telefônica Vivo.
“No final, pode ser que uma ideia se encaixe no Laboratório da Sociedade Conectada, que a gente acabou de lançar em Indaiatuba e trabalha com Internet das Coisas. Existe interesse por parte das três organizações, além da vontade de expor essas empresas para o mercado. Eu diria que é uma parceria que tem tudo para dar certo”, declarou Georgia Sbrana, da Ericsson.
A criação do laboratório foi viabilizada por meio do Sibratecshop, um programa do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do governo federal, com recursos do CNPq.
* A repórter viajou a convite da Telefônica Vivo.