Uma pesquisa da Associação Chicos.net mostrou que “as crianças, tidas como experts em tecnologia por seus pais, tendem a supervalorizar sua capacidade de enfrentar os riscos on-line”. E, no Brasil, esse comportamento de risco é mais acentuado do que na Argentina e no México – os outros dois países que participaram da pesquisa.
O estudo “Impacto da Tecnologia em meninas e meninos da América latina – Novos desafios para a criança”, divulgado este mês de fevereiro, foi realizado pela ONG argentina Chicos.net, com apoio da Fibertel e da Dsiney.
Entre outros dados, aponta que 46% das crianças brasileiras declaram ter perfil público no FB (ou desconhecem se é público), contra 20% da Argentina e 26% do México .
Em relação à percepção dos perigos no uso das redes sociais, 47% das crianças brasileiras acredita que a internet oferece perigo, contra 52% das argentinas e 60% dos mexicanos.
O cyberbulling é o que causa maior temor entre crianças argentinas e mexicanas: 55% e 65%, respectivamente. No Brasil, 42% responderam que têm essa preocupação. Aqui, o maior medo dos pequenos (56%) é ser contatado por um adulto desconhecido para propostas indecentes ou perigosas – Contra 53% na Argentina e 52% no México.
Em todos os países pesquisados, o receio de ter fotos ou vídeos vazados para redes sociais ficou em segundo lugar nas preocupações. E a grande maioria das crianças (61% na Argentina, 66% no Brasil e 69% no México) acredita que não vai lhes acontecer nada de mal.
No Brasil, as ações do Dia da Internet Segura estão sendo conduzidas pela SaferNet, organização criada para combater crimes e violações dos direitos humanos na rede.
O estudo completo da Chicos.net pode ser acessado aqui.