Cibercultura

Pierre LévyCibercultura-Pierre-Levy
(Tradução de Carlos Irineu da Costa)

 

Escrito em 1997, antes da popularização da internet, do surgimento de tablets, smartfones, facebook e wathsapp, o livro Cibercultura, do filósofo Pierre Lévy  (tradução de Carlos Irineu da Costa) analisa o surgimento de uma nova cultura, que nascia da apropriação e da valorização da tecnologia com diversas finalidades. Ele antecipa várias consequências e mudanças sociais, educacionais, de interação, comerciais e até cognitivas causadas pelas novas tecnologias.

Para os educadores, há capítulos essenciais como “A aprendizagem coletiva” e o “Novo papel dos professores”, em que o autor fala sobre uma sociedade em que o conhecimento está livre e acessível pela internet, pela interação entre as pessoas, colocando o professor em um novo papel: o de mediar esse conhecimento, tornando-o mais crítico e aprofundado.

Em “As mutações da educação” e em “A economia do saber”, Lévy pontua que, pela primeira vez na história da humanidade, estamos aprendendo sem ter exatamente uma pessoa para nos ensinar. Além disso, a gama de conhecimentos disponíveis e a velocidade com que se tornam obsoletos é incrivelmente rápida.

O autor também diz que o ciberespaço vem aperfeiçoando e inserindo no cotidiano novos instrumentos do saber: a memória conta agora com banco de dados, a imaginação com a simulação e a percepção com sensores digitais, entre outras ferramentas que acabam por modificar de forma irreversível a maneira como aprendemos, imaginamos, memorizamos e agimos.

O autor não fornece uma receita educacional, mas esmiúça as transformações causadas pela Cibercultura e a irreversibilidade dessas transformações, que devem também ser compreendidas pelo docente para que sua prática se renove constantemente.

 

Curadoria: Paulo Desiderio

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