braigo-LabsShubham tem apenas 13 anos, mas já carrega uma responsabilidade de adulto: o jovem belga com origem indiana abriu sua própria start up, a Braigo Labs, depois de criar  uma impressora braile de baixo custo. Na CPBR8, Shubham contou essa experiência e uma novidade: a nova versão, que ainda está em testes, vai ter um software que traduz para braile em menos de meio minuto.

Shubham contou que jamais imaginou a repercussão positiva da impressora, criada com a intenção de facilitar a vida de deficientes visuais. “Não desenvolvi a Braigo com pretensões comerciais, mas me deparei com uma grande diferença. Uma impressora custa de 2 mil a 3 mil dólares. O custo de produção é de 300. A primeira versão foi montada com o kit Mindstorms EV3. Escolhi Lego pois brinco com isso desde os dois anos de idade. É divertido e fácil de manejar”, disse.

A Braigo (braile + Lego) deu tão certo que chamou a atenção de grandes fabricantes. A Intel Capital decidiu investir no projeto. A segunda versão da impressora leva o chip Edison, que deu mais velocidade à impressão. Shubham explicou que o conversor de documentos em braile, tecnologia que em softwares normais pode custar de 500 a 600 dólares, estará disponível gratuitamente.

Em breve, a Braigo será produzida em escala pré-industrial. Vinte impressoras servirão de protótipo para testes e serão desenvolvidas até julho. Um dos modelos novos virá para o Brasil para ser testado pela Fundação Dorina Nowill. “Não posso devolver a visão, mas posso facilitar a vida dessas pessoas”, contou Shubham.