Do portal Caindo no Brasil
A cultura maker está cada vez mais presente nos projetos de educação. Os fablabs, espaços de criação e inovação, estão em mais lugares do país, mostrando que é possível aliar educação e tecnologia. Para alguns professores, esse cenário ainda parece distante, difícil de ser aplicado em suas salas de aula. O que a maioria não sabe é que, para ter uma aula maker, não é preciso muito. Batemos um papo com Gabriela Agustini, a mente inovadora à frente do Olabi, um laboratório de inovação e tecnologia no Rio de Janeiro.
Para além das impressoras 3D
“O mais importante da educação maker é tirar as “caixinhas” que colocamos nas disciplinas nos últimos anos, mostrando que matemática, ciência, física, biologia, história estão todas interligadas”, afirma Gabriela. “A educação maker vai além das ferramentas, é sobre empoderar indivíduos para aprenderem a aprender.”
Para ela, os principais benefícios da educação maker na escola, são:
1. Estimular o pensamento crítico, criatividade e geração de novas ideias
2. Desenvolver habilidades e competências conectadas às demandas reais (e contemporâneas) da sociedade
3. Estimular a aplicação de conhecimento teórico a partir da prática
4. Aumentar o engajamento dos alunos na aprendizagem, já que o ensino passa a ser mais divertido e dinâmico
5. Desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como trabalho em grupo, paciência etc.
Uma das questões que surge com a ampliação da cultura maker é a do acesso: os fablabs ainda são poucos e concentrados em regiões mais ricas das cidades. “Esses espaços foram desenhados para ampliar o acesso às ferramentas da inovação, por isso têm a prática de abrir um dia gratuitamente para as pessoas que queiram desenvolver um projeto”, conta Gabriela sobre a prática do Olabi. Em São Paulo, existem 12 FabLabs Livres mantidos pela prefeitura, abertos de segunda a sábado.
Quer entender melhor esse movimento e não sabe por onde começar? A sugestão da Gabriela é se aproximar de oficinas que estejam acontecendo na sua cidade ou baixar projetos que podem ser feitos em casa. “A partir daí, é possível entender o que faz sentido para o que cada pai e educador busca aprender/ensinar”, diz.
Aqui vão algumas dicas dela para mergulhar no assunto e colocar a mão na massa:
Rede Mão na Massa – site com diversos materiais de apoio para criar clubinhos mão na massa
Clube Maker – conteúdo gratuito em seu fórum, oferece cursos e assinaturas de caixinhas maker
Edutopia – diversos textos e vídeos com ferramentas para aplicar em diferentes grupos (em inglês)
Curso online de aprendizagem criativa do MIT – o Media Lab Learning é referência internacional em educação maker e, além do curso, oferece conteúdo na área (em inglês)
Rede robô livre – plataforma de desenvolvimento colaborativo que incentiva a prática da robótica
Labceus – iniciativa para aproximar os laboratórios multimídias dos CEUs de Pernambuco com a sociedade, oferece tutoriais e promove ocupações artísticas