Miriam Aquino
Do portal Tele.Síntese
O ministro das Comunicações, André Figueiredo, anunciou dia 1º de abril, no Encontro Provedores Regionais Nordeste, mais alguns detalhes do programa do governo de massificação da banda larga. O programa muda de nome e tem novas metas. Ele passará a se chamar “Brasil Inteligente. Internet Ligando a gente”. E terá como uma das primeiras metas ligar as 128 mil escolas públicas – urbanas e rurais – com banda larga a velocidade média de 78 Mbps. [Informações completas do plano na reportagem da Revista ARede]
Segundo o ministro, inicialmente, o planejamento previa alcançar essas escolas até 2025, mas em conjunto com a presidente Dilma Rousseff decidiram antecipar as metas para até 2018. “A internet rápida não é só um instrumento de acesso ao conhecimento, mas também um caminho para a redução das desigualdades das crianças e jovens das regiões Norte e Nordeste”, afirmou. Segundo Figueiredo, a banda larga nas escolas terá recurso federal – da Telebras e do Ministério da Educação – mas deverá estabelecer alguma contrapartida dos estados e municípios.
Também será incluída no Programa Inteligente – que já está com a formatação concluída, conforme Figueiredo, dependendo agora apenas da agenda de Dilma para ser anunciado – a construção de dutos de internet em todas as casas da terceira etapa do programa Minha Casa Minha Vida.
Fundo dos Pequenos
Figueiredo ressaltou que o governo não pode deixar de traçar políticas diferenciadas para os pequenos provedores, que hoje representam quase 10% dos acessos de banda larga do país, e que são os desbravadores. Na política a ser anunciada em breve será incluído também o Fundo Garantidor, no valor de R$ 400 milhões , a ser lastreado por títulos da dívida pública. “Precisamos quebrar a resistência dos bancos, que não aceitam a fibra óptica como garantia, enquanto os antigos cabos de cobre das concessionárias são bens reversíveis ao Estado, não dá para entender”, reclamou ele.
O ministro disse ainda estar trabalhando para que o preço de referência do poste negociado entre a Anatel e a Aneel – de R$ 3,90 – seja realmente praticado pelas concessionárias de energia, pelo menos nos rincões do país. “Nós estamos construindo um país integrado. E não entregando um país, como aqueles que querem o golpe. O governo tem que promover a equidade e reduzir as desigualdades”, conclamou.
O Encontro Provedores Regionais Nordeste é promovido pela Bit Social, com o patrocínio de: BNDES, Fibracem, Furukawa, Mob, Telebras. Apoio da Level3, NEC, Atlântico, Cablena, Comba, SCM, DPR, Solintel, Dura-Line e Wirelink. Apoio da Abrint e Momento Editorial.